quarta-feira, maio 3

na praça

passa o que passa
vem o que vem
a aurora de ninguém
na margem suja da praça
o chão de tristezas feito
as casas em desalinho
o céu de um azul quase perfeito
ao longe as curvas dum caminho
tudo é o que é
sem a máscara do querer ser
a porta umbralina do café
a tarde da gente a envelhecer
tudo passa tu vem
dentro da pequenez da praça
um mundo de ninguém

2 comentários:

Anónimo disse...

Lembrou-me que devo pegar na máquina fotográfica e sair a correr. Obrigado.

ROSA E OLIVIER disse...

"Velas do meu pensamento
aonde me quereis levar?"...!?...

SALUT, poeta!