sábado, dezembro 6

mordência

a caixa fechada depois dos desenganos
as gotas do sol secretadas no fundo
bem por debaixo dos lenços do adeus lançado ao vento
amestrados agora pela escuridão e a naftalina
em riste a cimeira alegria de ter adormecido
e caído no poço dos remorsos que se tapam durante
as vigílias quase repentinas
e nas paredes brancas de ser um
a humidade de haver pensamentos em maré e quietação
deixa as marcas dum abandono bafiento
e dormente a incandescência das horas
revezadas nos estilhaços das promessas

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