quarta-feira, dezembro 3

saúdar os idos do nunca

nervo em fogo a lembrança do começo percorre todas as coisas
um coice de esperança desafogada de entranhas vasadas pela inversão
das horas em direcção ao dentro do fim
cheira ainda a gordura hepática o querer que o mundo tivesse um começo
as facas estão gastas pela jugular dos sacrificados
terrificamente aguardados na ante-espera dos que se esquecem
não há compromissos que lavem a estranheza do alvor da lua
no sorriso das mulheres quando são a presença do pristino

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