quarta-feira, dezembro 3

sou cigano

sou cigano e no assim
dispo dentro de mim a capa de silenciado
e danço
sou um com o espaço gume
e sangro-me rubro ébrio maldito
e dou-me a beber aos olhos negros da madrugada
despida e alada rasgada em flor
exangue do amor
parto na lua e na melopeia das giestas ermadas pelo vento

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